A Expressão do Expressão: como se faz um jornal universitário

Um dos principais veículos de comunicação da São Judas Tadeu, as 15 publicações anuais abordam temas que fazem parte do dia a dia da juventude

Renan Dantas*

“Fazer um jornalismo jovem para um público que se atualiza a cada minuto”. É assim que Ieda Santos, professora e jornalista responsável pelo Expressão, define o principal veículo de comunicação da faculdade. Com três edições por mês e 15 anuais, o jornal tem se consolidado entre os alunos por abordar temas polêmicos com uma visão diferente.

Trabalhar com jovens dentro de um veículo de comunicação da faculdade, para Ieda, é uma facilidade. Há 17 anos como uma das responsáveis, ela salienta que cada turma tem sua peculiaridade. “É diferente os temas abordados. Tanto as turmas da Mooca quanto a do Butantã vivem realidades diferentes, e o fato dos repórteres serem ‘focas’ ajuda muito na escolha da pauta. Geralmente não temos dificuldade de escolher temas que não estejam dentro da vida da juventude”.

Apesar de não estarem necessariamente em grandes empresas de comunicação, os alunos vivenciam o ambiente idêntico de uma redação. Para se fechar uma edição há três etapas: reunião de pauta, pré-fechamento e fechamento. Nesse processo, os textos são feitos e entregue para as professoras responsáveis (Jaqueline Lemos e Susan Liesenberg), que fazem as correções necessárias. Porém, assim como no mercado de trabalho, pode acontecer do texto ser cortado na diagramação. Por isso conta disso, é definido previamente um número máximo de caracteres – que nem sempre é respeitado.

Polêmicas em pauta

Abordar assuntos polêmicos também tem sido uma das principais características do periódico. No entanto, por ser um jornal com periodicidade definida e possuir uma linha editorial de caráter mais pacífico, o Expressão procura trabalhar diferentes ângulos dos assuntos “que dão mídia”. O caso do jovem infrator que foi tatuado na cabeça é um exemplo. Com base na grande repercussão que deu o assunto, a estudante Giovanna Pinheiro, na edição nº8 (setembro de 2017), o Expressão abordou a tatuagem como uma aliada da medicina.

A aluna Adriene Colim, do 4º ano de Jornalismo, define como é fazer parte do jornal Expressão. “É gostoso escrever para o jornal da faculdade. Além de praticar a redação própria para o jornal impresso, a gente aborda assuntos de cunho mais alternativo e abrangente, de inclusão social – que é a proposta do Expressão. É interessante explorar temas diferentes e ter mais autonomia na hora de escrever. Fico muito empolgada, sobretudo quando se trata de um tema que eu não conheço tanto”.

Adrilene definiu a expressão do Jornal Expressão: “trazer à tona assuntos de interesse público, trabalhar com temas inclusivos e dar espaço a nós, jovens, para colocarmos nossa visão e modo de narrativa no papel, para quem quiser ver. Somos únicos, cada jornalista tem sua forma única de abordar, escrever, salientar. Nesse sentido, é a valorização da unicidade do olhar do jornalista, dos detalhes que o tema abrange, das fontes, das histórias de vida, das relações entrevistador-entrevistado”, finalizou.

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*Especial para a Agência Conecta. Colaborou: Samuel de Sousa Lima.