Rolê Gastronômico: imigrantes proporcionam experiência cultural
Alunos do primeiro ano de Comunicação organizaram evento que contou com mais de 20 países, histórias de superação, além de muita comida boa
Gabriela Ferraz*
A Universidade São Judas é conhecida por abrir espaço para palestras, festividades, cerimônias, campanhas, eventos sociais. Não foi à toa que, no dia 14 de novembro, os dois campi foram palco da primeira Feira de Gastronomia do Imigrante. A ação gastronômica fez parte do projeto interdisciplinar realizado pelos alunos de Publicidade e Propaganda, Rádio e TV, Jornalismo e Relações Públicas.
A ideia do projeto foi buscar histórias de vida, conhecer a culinária e principalmente a cultura desse povo que atualmente reside em São Paulo. Na feira, puderam apresentar comidas típicas de seu país. Foram mais de 30 grupos e 24 estantes representando nações como Bolívia, Índia, Angola, Haiti, Líbano, Síria, Chile, Congo, Arábia Saudita, Paraguai, Colômbia, Suriname, Sérvia, Nigéria, Lituânia e Venezuela. Uma grande imersão cultural para todas as pessoas que participaram do evento.
E o que teve por lá?
Durante a feira, foi possível realizar uma pequena volta ao mundo diante de todas as delícias que estavam sendo vendidas e distribuídas gratuitamente. No estante da Lituânia, era possível observar diversas tortas, já na Nigéria havia um delicioso suco liberado ao público gratuitamente. No Congo, era possível desfrutar um delicioso sorvete.
Já no estande da Índia, além da homenagem dos alunos e cooperadores por meio do Frango Biryani servido com arroz de anis, a bailarina e professora de dança do ventre Francismeire Kadja realizou uma apresentação da dança, aproximando ainda mais o público. Para Kadja, foi muito importante a representação das migrações minoritárias.
Em sua caminhada como professora, Francismeire conheceu Paula Cinira, que hoje é sua aluna. Mas que em 2016, viajou 40 dias para a Índia, em busca de conhecimento espiritual. Ao longo de sua viagem, passou por Mumbai, Delhi e Udaipur, além de Irã, e Iraque. Paula garante que encontrou tudo que buscava, mesmo com as dificuldades que enfrentou por ser brasileira em um país em que a cultura é muito forte. “A gente se adapta, difícil são eles se adaptarem a nós”, concluiu Paula.
“Nossa Feira de Gastronomia do Imigrante foi um sucesso tanto na Mooca quanto no Butantã. Uma bela consolidação do enorme envolvimento dos alunos das turmas do 1B de Comunicação, além de todos os colegas diretamente envolvidos na organização do projeto. Isso é o que chamo de trabalho de equipe”, comemorou o mestre em Arquitetura e Urbanismo Juca Rodrigues, um dos organizadores do evento.
Conheça alguns países representados
e alguns dos pratos servidos na Feira |
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País | Pratos |
Angola | Mahime, bolo de banana-da-terra com canela, bolo de mandioca, cocada, suco de pitanga |
Arábia Saudita | Tabule, Mamuls |
Argentina | Empanadas |
Armênia | Mantã |
Bolívia | Salteña, empanada e tucumana, sopa de Maní, Pique Macho, pão boliviano |
Chile | Empanada |
Colômbia | Arepas e patacones, servidos com mix de molhos, pimenta, carnes e guacamole |
Congo | Sorvete de hibisco com omomba |
Haiti | Bouyon |
Índia | Frango Biryani com arroz de anis |
Letônia | Pirags (salgado fechado, massa de pão caseiro, bacon e cebola por dentro) e Smilae Kukas (bolachas doces natalinas, cobertas com especiarias,tais como damasco, castanha, pistache) |
Líbano | Shawarma, kibe frito, esfiha, coalhada frita, homus, babanuj |
Lituânia | Babka ou Kugelis (pudim de batata assado no forno e recheado com bacon, Obuoliu Pyragas (torta de maça) |
Mali | Doce de mel com paçoca |
Nigéria | Shuku Shuku (bolachinhas de coco) |
Paraguai | Chipa Guasú |
Rússia | Blini |
Sérvia | Cevap, domaca kokosija supa e pljeskavica |
Síria | Esfiha síria, kibes, Kafta, Kabesh, charuto de folha de uva, kaftas, homus e babaganush (acompanhados de pão sírio e tabule) |
Suriname | Tjap Tsoi |
Turquia | Kafta de lentilha vermelha, gozleme e bolo de semolina |
Uruguai | Torta frita |
Venezuela | Arepas, empanadas de milho e palitinhos de queijo |